O ritual do acasalamento é algo bem engraçado. Principalmente o dos seres humanos! Algumas fêmeas preferem as cores exuberantes dos carros dos machos, são facilmente reconhecidas nas rodas de homens que se divertem enquanto exibem as chaves de seus carros para fora do bolso. O nível intelectual para este ritual é baixo e quase imperceptível, porém as cores de neon, pinturas metálicas rodas cromadas ou coloridas são os maiores atrativos.
Para outras o que interessa no processo de aproximação é apenas a quantia de animais que ele carrega no bolso (principalmente garoupas). Neste ritual valem exibições de pedras preciosas pelo corpo, restaurantes caros o dinheiro de plástico. O dinheiro de plástico é o zoológico capital, com alto poder de sedução para este nicho.
E há ainda aquelas que só aceitam praticar a perpetuação da espécie quando o macho é o mais visto em um determinado circulo social. Quando ele possui um corpo “escultural” de músculos e esteróides, sabe falar alto, mexer com as pessoas na rua, arrumar brigas sem motivo e ligar para o macho alfa da família quando o bicho pega. Essas fêmeas geralmente são encontradas em delegacias após o término do coito.
Existem também aquelas que, coitadas, não podem se dar ao luxo de escolher. Dançou na frente ela cai matando. Esse é o tipo mais perigoso de acasalamento onde o macho pode ser ludibriado pelos efeitos das luzes das boates e pelas bebidas consumidas nas casas noturnas. Neste processo existe a grande possibilidade de o macho acordar sem saber onde e com quem está. O perigo aqui é a perpetuação da espécie de fato.
Inúmeras são as formas de sedução e os rituais pré-nupciais que existem em nossa espécie, mas a que mais me atrai é a sedução intelectual. Aquela em que a fêmea sabe que carrega uma maquina mortífera entre as pernas e utiliza-a racionalmente, com movimentos friamente calculados e com muita libido. O jogo da sedução deste nicho é algo como gato e rato, o macho e a fêmea traçam os papéis conforme o jogo ocorre. É o xadrez do sexo! É preciso ser perspicaz para não levar um cheque-mate logo na largada. Esse tipo de fêmea não suporta a exuberância das cores metálicas, não é atraída pelo esbanjamento de recursos capitais e nem mesmo se intimida com músculos e regatas. Aqui a dança do acasalamento tem um sabor de álcool safado, cheiro de canalhice e movimentos certos. Quando dois seres se encontram e se entregam ao jogo não é necessário pedir licença, nem mesmo dar porrada (exceto os sados-masoquistas). As roupas se rasgam como se fossem seda, as unhas cravam como se fossem garras, os gritos e gozos fluem como o melhor do Rock’n Roll dos anos 70. Depois do coito os dois relaxam seguros de si, sem precisar falar nada.
Esse texto foda pra caralho foi emprestado do nosso parceiro, Old School. Um site pra homens de verdade, que já tão de saco cheio desse mundo moderno.
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