Eu amo tecnologia, mas fico um pouco preocupado com o modo com que as pessoas a usam. A gente assiste aos filmes de ficção científica e vê os robôs falando e agindo como seres humanos, e achamos que isso nunca irá acontecer. Mas pelo contrário: Com os contínuos avanços tecnológicos atuais, isso está mais perto do que nós imaginamos. E você já pensou como isso poderia afetar nossa idéia de arte, por exemplo?
Um grupo de cientistas do Instituto de Ciência e Tecnologia da National Taiwan University em Taipei, criaram um robô capaz de ler partituras musicais e cantá-las em diversas línguas. Ele primeiro tira uma foto da música, que é simbolizada com números e palavras, usando câmeras instaladas em seus “olhos”. Um algoritmo extrai tom, ritmo e letra a partir dessa imagem e envia a informação para um sintetizador de voz, e ai então, ele começa a "cantar". Assista ao vídeo demonstrativo abaixo e veja como ele funciona:
Na verdade, o protótipo ainda consiste apenas em uma cabeça humanóide meio assustadora, mas a pesquisadora Chyi-Yeu Lin, uma das responsáveis pelo projeto, afirma que um dia, esses robôs poderão estar em boa parte dos hotéis e recepções de restaurantes do planeta, interagindo com os humanos.
Esse pensamento, de trocar os atendentes humanos por máquinas já me assusta um pouco, já que significa menos empregos para pessoas que precisam realmente deles. Mas um outro comentário da pesquisadora me fez pensar um pouco sobre o que será considerado Arte daqui há alguns anos. Ela disse: "Talvez seja uma daquelas coisas que um robô pode fazer melhor do que as pessoas comuns", e acrescenta: "Ele pode ler [a música] em 40 segundos e em seguida, já fecha os olhos para cantar." Eu me recuso a aceitar que isso seja chamado de arte, simplesmente por não ser um humano a cantar. Aleais, aquilo não está cantando, está interpretando algarítmos, o que não pode ser considerado música. Mas vai ser.
Me desculpem por eu ser tão cético e um tanto paranóico em relação à essas máquinas, mas eu realmente me preocupo com o nosso futuro. Você e eu podemos entender que aquilo é só um monte de ferro e engrenagem, mas imaginem daqui há 50 anos, quando essas coisas começarem a ser fabricadas como empregados. Imaginem crianças convivendo com elas, chorando por ter que dizer adeus à elas, como se aquilo fosse amigo delas. Sim, sim, vocês devem estar pensando: "mas eu tive um ursinho quando eu era criança que era meu amigo, então qual é a diferença?" A diferença é que seu urso não falava com você, ele não te respondia quando você dizia Boa Noite, ele não olhava dentro dos seus olhos, e por maior que fossem suas fantasias, você sabia exatamente que ele não estava vivo. Mas e no futuro, as pessoas vão saber?
Eu não me preocupo tanto com o desemprego, as guerras civis e o caos, pois estes são inevitáveis. Mas sim com a concepção de relacionamento e de vida, no futuro. Tudo bem, eu já falei muita bobagem, por isso vou encerrar com esse post que era pra ser um coisinha mínima, e minha paranóia fez ficar enorme. Mas eu quero saber: Pra você, o relacionamento dos homens e máquinas irá afetar o modo como nós vemos o mundo? Comente e dê sua opinião!
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